sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Pai Babado... heroína de trinta anos.

Já passaram 5 meses, desde o dia em que o "Rachinhas" nasceu. Já falei aqui daquele dia, contudo, vou falar de alguns pormenores que a minha querida esposa fez questão de mencionar na sua última intervenção.
Realmente assisti ao parto contra a minha vontade. Não queria assistir, porque achava que se alguma coisa corresse mal, eu não iria conseguir manter a calma e só iria atrapalhar. Acabei por assistir, porque a Mizé praticamente me obrigou e em boa hora o fez. Surpreendentemente, mantive-me sempre muito calmo e sereno. Tirei imensas fotos, joguei PSP, dormi... deu para tudo. O momento em que o Miguel decidiu partilhar a sua beleza com o mundo foi incrível... nunca me hei-de esquecer.

Se já admirava a Mizé, naquele dia, ao vê-la aguentar aquelas dores que deviam ser horrívei, durante 16 horas, fiquei a admirá-la muito mais.

Na hora do parto, por ela estar esgotada e a sofrer com aquelas dores, pensei que quando ela visse o Miguel, não fosse aguentar e no meio de todo aquele cansaço e dores se fosse abaixo, já que nos tinham dito que estes bebés nasciam muito feios.
Nada disso... logo naquele momento a Mizé demostrou toda a sua força e coragem... tal como a mim, as "rachinhas" do Miguel passaram-lhe totalmente despercebidas e fartou-se de rir e chorar, tal era a felicidade... no fundo, será o que acontece com todos os pais de crianças com esta má-formação.

Às vezes penso que, com o nosso filho, nada tem sido fácil... nada acontece da maneira mais simples... mas a Mizé diz sempre que Deus tem-nos ajudado muito, pois tudo o que aparece de mais grave, acaba por se resolver da melhor maneira. Ela é mesmo muito forte.

A Mizé tem uma relação fantástica com o Miguel. Os dois já têm uma cumplicidade fora do vulgar. Um ri, o outro dá gargalhadas... um choraminga, o outro chora sem parar...

Amo-te muito grossa...

P.S: eu não sou nada destas lamechices, mas a minha mulher merece...

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

O DIA DE TODOS OS DIAS


Chegou o dia tão esperado, quem diria que naquele dia o Miguel ia bater à porta.
Andei todo o dia a passear com a minha amiga Carla, fui à escola visitar as minhas colegas e ver como iam os meus meninos e depois fomos à praia. Quando cheguei a casa pus mãos à obra para fazer o jantar, neste dia deixei a minha mana de descanso, pois ia experimentar ume receita nova "Bacalhau com broa", mas caiu por terra, a receita ficou a meio.
Tive vontade de ir à casa de banho fui sem desconfiar de nada, regressei à minha receita (claro que lavei as mãos antes de reiniciar,hahaha). Logo de seguida mais uma ida à casa de banho, mas desta vez o Miguel não quis deixar dúvidas, quando rebentaram as águas... fiquei muito confusa chamei a minha irmã e esta disse - me aquilo que eu já sabia mas que não queria acreditar. Comecei a chorar acho que fiquei nervosa ou seria com medo, não sei o que senti.
Cheguei ao hospital por volta das 7h30m, já estava calma, prepararam -me e de seguida foram 16, sim 16 longas horas de espera.
A minha irmã na sala de espera e o Miguel estava ao meu lado, contrariado, mas estava lá, estava contrariadopois ele não queria assistir ao parto eu é que o obriguei, pois acho que este momento tão lindo deve ser compartilhado pelos dois, se ele não assistisse acho que se teria arrependido.
Eu assisti ao nascimento dos meus dois sobrinhos, foi lindo, lindo.
Passadas poucas horas de estar no hospital as minhas amigas Dores e Carla já la estavam a fazer companhia à minha irmã, foram muito queridas tal como durante os nove meses de gravidez,deram - me muito apoio,OBRIGADA.
O Miguel estava muito descontraído, fartou -se de tirar fotos, de jogar playsatation e até aproveitou para tirar uma soneca, eu só queria que chegasse o momento,mas tardou bastante, passaram horas e horas até que rompeu o dia, com a luz do sol é mais fácil, detesto o escuro.
Por volta das 9 horas fui levada para a sala de partos, estava cheia de dores, embora tivesse levado epidural quando cheguei ao hospital no dia anterior e me tivessem reforçado a dose na sala de partos continuava com dores, estas começaram quando me colocaram a algália já à algumas horas, várias médicas me foram observar, pois as dores não paravam e para além disso estava com hipotermia, não parava de tremer, fartei-me de bater o dente. Mas chegou uma doutora com bom censo e disse para me tirarem a algália.
Fartei -me de puxar,puxar,puxar,puxar, mas o Miguelito não queria sair a doutora deu uma ajudinha recorreu à episiotomia e às tão receadas ventosas e de repente cá está ele, neste momento senti um enorme alívio, pois foram muitas horas, quando o vi fiquei tão feliz, ele era tão lindo, a fenda no lábio no meio de tanta beleza nem sequer se conseguia destacar.
Acabou assim esta primeira batalha, foi dura mas conseguimos vencer...
OBRIGADA AMOR POR TERES ESTADO COMIGO, MESMO QUE FOSSE CONTRARIADO, MAS SEI QUE GOSTASTE, AMO-TE MUITO.

Pai babado... Regressámos!


Olá a todos... Saudades nossas? Tenho a certeza que sim. Começo por vos pedir desculpa pelo tempo que nosso blog esteve inacessível. Este facto, foi causado pela minha inexperiência e sobretudo "azelhice" como blogger. Como desejava que este espaço fosse, para além de útil, atractivo aos olhos de quem nos visita, acabei por mexer onde não devia e danifiquei os ficheiros do antigo blog. Como não foi possível recuperá-lo fui obrigado a construir um novo. Espero que gostem.

Quanto ao meu filhote, cresce a olhos vistos. Continua a alimentar-se muito bem e é uma simpatia... todo ele é sorrisos. Estamos muito felizes com o nosso bebé...

domingo, 5 de outubro de 2008

Pai babado... 4 meses


Hoje o meu bebé faz quatro meses.
Estes quatro meses têm sido alucinantes. Tem sido uma experiência maravilhosa a de ser pai do Miguel José. O meu filhote tem-me proporcionado momentos fantásticos.

Beijos para os meus dois amores.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Pai babado 3... O Miguel é...

O Miguel é um miúdo muito especial. Está sempre bem disposto. Ri-se imenso... Oferece-nos momentos maravilhosos. Quando acorda de manhã, a primeira coisa que faz é sorrir. Adora andar ao colo, o que já se torna difícil, pois é muito pesado. Pesava cerca de 7 KG quando fez 3 meses de idade (05 de Setembro).

É um verdadeiro glutão. Chora e berra sem parar até ter o biberão na boca.

Eu costumo dizer que ele vai ser electricista. Fica fascinado a olhar para as luzes.
Um dia destes, em que eu e a Mizé andávamos a exibir o nosso bebé no shopping, precisámos de ir ao fraldário... o Miguel estava fascinado com aquelas luzes e com os bonecos fixos na parede. Decidimos naquele momento, que havíamos de decorar assim o quarto do "Rachinhas". Assim fizemos e ele adora estar no quarto a olhar para os bonecos e para as luzes...

É muito "falador". Sai à mãe e à tia Lena (estas duas senhoras falam pelos cotovelos).

É um lutador... Foi incrível, a facilidade com ele se habituou à sua nova "boquinha" após a cirurgia. Os pontos já cairam todos.

É o amor da minha vida... Com ele tenho momentos de plena felicidade, quando ando com o meu filhote ao colo e ele se agarra aos meus braços ... quando o adormeço... quando brincamos juntos...

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

A gravidez

Durante a gravidez há um momento que todos os casais adoram, as ecografias, tal como o Miguel já referiu estes momentos tornaram - se momentos de nervosismo tinha tanto medo que fosse detectado algo mais ao meu bebé...

Desde o dia que soube que iria ter um bebé especial nunca senti revolta e sempre aceitei ,é sabido que por vezes as mães se culpam por não terem concebido um bebé saudável, sentem grande revolta perguntando "porquê a mim ?".

Gostáva de dizer às mães que não conseguem aceitar e fazem esta pergunta, para pensarem tal como eu, "se vou ter um bebé especial é porque também sou especial e se Deus me deu esse bebé é porque sabe que sou capaz".

Tal como a minha mãe diz "Deus dá a roupa conforme o frio" e é bem verdade, sinto que tenho uma enorme força dentro de mim.
Não sou nenhuma super- mulher, durante a gravidez perguntava -me se seria capaz de dar tudo ao Miguel, se não iria fraquejar.
A amamentação era um dos meus grandes medos, pois sabia que a maioria dos bebés não conseguem mamar, têm de ser alimentados a biberão, colher e em último recurso por sonda, só de pensar que o Miguel poderia precisar de uma sonda ficava bastante angustiada. Falei dete meu medo com a minha enfermeira obstetra, a enfermeira Cristina, esta foi muito querida tranquilizou - me dizendo que muitos bebés mamam com facilidade e que há biberões adaptados e logo me pôs em contacto com a vendedora da Medela, que me mostrou os diversos biberões que existem a pensar nas boquinhas dos nossos bebés.
Queria aproveitar para agradecer à enfermeira Cristina todo o carinho e segurança que sempre me deu.

O dia D

Chegou a hora de saber o resultado da amniocentese... muitos nervos misturados com o receio de ouvir algo não desejado, mas graças a Deus concluiu - se que não havia outras más formações associadas. Sou muito sincera, os meus receios não ficaram por aqui, havia sempre um sentimento de insegurança, mas ao mesmo tempo o meu coração dizia que estava tudo bem.

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